Também vi que estamos
sozinhos
Empenhados em sermos
solitários
Perdidos na multidão
Incomodados,
desconfortáveis em nossa própria companhia.
Falamos durante o tempo
em que deveríamos ouvir
Calamos para que ninguém
saiba de nós
Nos escondemos na
multidão de palavras
Contamos tudo para que
ninguém saiba do que não sabemos
Não sabemos de nós mesmos
Não sabemos saber
Ignoramos nossa
ignorância
Felizes.
Também vi o destino
assenhorar-se deles.
A ilusão do controle é,
em si, um labirinto
Cujo intrincado desenho é
construído pela conveniência
O tempo é mais largo que
o jardim
Mais alto que nossa fé
Tão pesado quanto o vento.
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