Aqui jaz um poema sem título
Sem forma, mérito e asa
Sem cálculo, farsa e casa
Sem tempo, toque e caixa
Sem risco, verso e traça
Aqui jaz um poema sem título
Com...
Com tudo
Com luto, pausa e nada.
O tido já não faz sentido
O já vivido não existe
A não ser na memória
Aqui jaz a memória
Sem piedade, tempo e beleza
Sem formalidade, acordo e conforto
Sem platéia, luz e aplauso
Sem lenço, sem teto e lugar
Aqui jaz um poeta sem escrita
Sem nada
Sem medo, compreensão e feliz.
O futuro nada é
Quando for, virá
Minha amiga.
quinta-feira, outubro 14, 2010
domingo, outubro 03, 2010
Você
Por que você?
Por que não você?
Suave, intrigante, bela
Esguia como uma coluna
A vertical divina
A curva perfeita.
Surpresa em que se note você?
Impensável, impossível
Mármore esculpido, pele de mulher
Vencido pela certeza de que sem sua beleza
A vida será menos atraente
A música terá menos ritmo
A manhã não dará seu orvalho
Mas é claro... a vida continuaria.
Você quer contar a história dos outros
Quer descobrir a própria história
Só não sabe a resposta
Porque, ainda, não conhece a pergunta
Me pergunto se você é livre
Me pergunto se há justiça na pergunta
Acho que não
Eu mesmo ainda tento romper
Quero ser seu cavaleiro
Quero que você venha em meu socorro.
Você quer contar a história dos outros
Quer descobrir a própria história
Só não sabe a resposta
Porque, ainda, não conhece a pergunta
Me pergunto se você é livre
Me pergunto se há justiça na pergunta
Acho que não
Eu mesmo ainda tento romper
Quero ser seu cavaleiro
Quero que você venha em meu socorro.
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