A Verdade
É pra ser
dita, quando ninguém ouve
Batom,
esmalte até que não seja tão simples
Pode ser
mutilada, cortada e remontada
Pra que
sirva ao meu propósito
A verdade é
sem graça, patética até
Se está bem diante
dos olhos, a ilusão mais atraente ainda é
É tão mais
consistente, porque nela eu acredito
A ilusão é
minha cria, minha filha
O tempo é
minha ilusão permanente
Nem sei mais
se sirvo ao tempo ou o contrário
Conto as
horas para viver fora do tempo
Fora do
desejo do que não tenho
A beleza é
uma mentira
Tão bem
contada que se transforma e se adapta
Ela é, foi e
será
Até que se
perceba... até que se entenda
E eu, então,
finalmente, aceite
A verdade.
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